quinta-feira, 23 de abril de 2009

O amor que a vida traz *


Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.

O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.

Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.

E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence.

Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!

Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio.

* Texto de Martha Medeiros publicado na Zero Hora de domingo, dia 19.

domingo, 19 de abril de 2009

Ser gordo pode custar caro!

Mais um motivo para os gordinhos fecharem a boca e se puxarem na malhação! Nos Estados Unidos, país onde pelo menos um terço da população está acima do peso, a companhia aérea United Airlines adotou uma medida polêmica: os obesos poderão ser obrigados a comprar duas passagens ou trocar a classe econômica pela executiva, onde as poltronas são maiores e custam mais caro.

A regra vale apenas se o vôo estiver cheio ou se não houver assento extra para acomodar um passageiro obeso. Não existe peso ou largura específica para determinar quem deve pagar a passagem extra. Por isso são usados os seguintes critérios para aplicar a nova medida: passageiros que não couberem no assento, que não conseguirem fechar o cinto de segurança mesmo usando um extensor e os que não conseguirem baixar os braços da poltrona quando estiverem sentados.

A notícia, publicada na Zero Hora deste sábado, 18, tem criado discussões. A turma peso pesado está revoltada e acusa a empresa de estimular o preconceito. Alguns defendem a idéia de os fofuxos terem direito a um certo número de lugares especiais dentro do avião, como os deficientes. Em vez de três poltronas por fileira, alguns corredores poderiam suportar dois assentos maiores. Mas aí, com a redução de lugares, reduz também a receita da empresa. A solução seria aumentar a passagem de todos. Então, os adeptos ao coscarque se negam a pagar pela obesidade alheia.

Eu, particularmente, aprovo a idéia da United! Se todas as empresas aéreas adotassem a medida, bem como os transportes públicos, seria um grande incentivo para obesos se conscientizarem a mudar de estilo de vida. Não por uma questão de preconceito, e sim por uma questão de saúde. E, cá entre nós, ter um companheiro de viagem acima do peso pode fazer você cometer loucuras! Duvida? Dá uma olhada no vídeo!



Para ler a matéria na ZH, clique aqui.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Um dia de Páscoa em Gramado

Frio. Cobertor. Lareira. Banho quente. Sol. Café da manhã. Serviço de quarto. Cheiro de hotel. Movimento. Sotaque paulista. Sotaque carioca. Espanhol. Inglês. Turistas. Talharim ao molho Capo D'Monte. Vinho tinto suave. Chocolate. Coelhos por todos os lados e de todos os tipos. Coelhos estátuas. Coelhos que falam. Coelhos que andam. Coelhos que dão chocolate. Coelhos "modelos-para-fotos". Lago Negro. Mini Mundo. Casas sem grades e com muros baixos que não temem a violência. Lojas. Roupas. Botas. Compras. Sacolas. Preferência do pedestre. Chocolate quente. Desejo de um abraço que está longe. Livro para monografia. Chimarrão. Mãe. Pai. Afilhada. Páscoa! Gramado!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Na ponta da língua

Novidade em campo! O fisiologista do São Paulo Futebol Clube desenvolveu uma fitinha, parecida com uma folha de papel, que contém grande quantidade de sódio e potássio. Ao ser dissolvida na língua, os elementos entram em contato com a circulação sangüínea e o resultado é mais rendimento no jogo. Os jogadores não sentem cãibras e a fadiga muscular demora mais para chegar.

A tal fitinha substitui um suco de seis laranjas ou quatro bananas, quantidade necessária para repor o que um jogador perde e 90 minutos de jogo. A diferença é que, para digerir as bananas ou o suco de laranjas, é preciso uma pausa de 40 minutos a uma hora.

Logo logo, as fitinhas serão a mais nova moda nas raves!




Veja a matéria sobre a "fitinha milagrosa" exibida na edição do dia 06/04 no Jornal Nacional da Globo