segunda-feira, 23 de março de 2009

Restos de veraneio

Hoje li a seguinte nota na Zero Hora que me fez lembrar de um episódio que vivi no verão:

"Restos de veraneio
A temporada de verão acabou e algumas ruas de Capão Novo acabam sofrendo com o abandono. Leitor da Página 3 envia foto para mostrar que há vários dias o lixo se acumula nas calçadas da Avenida das Gaivotas."


Lembrei na hora do dia em que estava tomando chimarrão com meus pais na beira-mar de Capão Novo, um programa tradicional da família Ferreira, feito pelo menos uma vez durante as férias para variar um pouco o cenário da hora do mate que acontece sempre em "Capão Velho" onde veraneamos.

Cenário este que, nos outros anos, era movimentado. Crianças brincando na praça, pista de patinação lotada, famílias voltando da praia, casais de namorados nos bancos, shows artísticos no palco municipal, filas quilométricas nas tendas de crepe. Neste ano tudo isso foi substituído por uma paisagem sem som e sem cor. Capão Novo, praia que pertence à Capão da Canoa, caiu no esquecimento do município.

E justamente para reivindicar melhorias para a cidade, duas jovens passeavam pela orla naquela tarde, colhendo assinaturas de veranistas como nós, que de braços cruzados reclamávamos do descaso da Prefeitura.

Um belo exemplo para ilustrar aquele clichê clássico, mas verdadeiro: se cada um fizer a sua parte, podemos ter um mundo melhor. E agora que o "leitor da Página 3", como nomeou a Zero Hora, tornou público o problema de Capão Novo, esperamos que as autoridades competentes tomem as devidas providências (porque no Brasil é assim: a imprensa tem que entrar na jogada e cobrar ações para enxergarmos algum resultado). Veremos no próximo verão!

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